Teresina é a capital do Nordeste mais lenta na vacinação da população contra a Covid-19 por idade. Atualmente, a cidade está imunizando pessoas a partir de 38 anos com a primeira dose, além de categorias de gestantes e puérperas, trabalhadores e estagiários da educação. A diferença da faixa etária para Salvador, segunda capital que menos vacina na região, é de sete anos. A capital baiana já está vacinando pessoas com 31 anos. A constatação foi feita a partir de levantamento feito pelo oestadodopiaui.com ao analisar o andamento da vacinação em todas as nove capitais da região, de acordo com informações das prefeituras.
Ao tempo em que os estados estão ampliando a vacinação por idade, o Piauí tem seguido na contramão. Esta semana foram incluídas como prioritárias pelo Governo do estado as categorias: advogados, profissionais da área contábil e das telecomunicações, além de líderes religiosos. Grupos que não estão dentro do Plano Nacional de Operacionalização da Covid-19 no país, mas sob a defesa de sua essencialidade e pressão na Assembleia Legislativa do Piauí e Governo do Estado, foram inseridos. O mesmo aconteceu em junho deste ano quando foi incluído os jornalistas como prioridades na imunização.
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Desde a autorização da vacinação da população em geral pela idade, o Ministério da Saúde tem apenas expedido normas técnicas para amplificar alguns grupos, além de disponibilizar quantidades específicas de vacinas durante a distribuição para os estados. A última norma orientou a vacinação de pessoas com comorbidades, deficiência permanente (sem restrição de idade), além de gestantes e puérperas (sem comorbidade), por considerarem esses grupos como sendo de maior risco de vida.
A inserção de novos grupos pela essencialidade tem sido criticada por especialistas. Um exemplo é o estado de Pernambuco que já vacina na capital Recife pessoas com 28 anos e decidiu não inserir novas categorias como prioritárias por avaliar que a vacinação é mais eficaz e avança com mais rapidez pela faixa etária. O mesmo foi anunciado por outros estados do país que acreditam que a divisão não se adequa mais ao momento da campanha de vacinação atual.
Em relação aos novos grupos prioritários inseridos na fila da vacina no Piauí, a vice-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, Leopoldina Cipriano, afirma que a vacinação seguirá o calendário estipulado pelo Ministério da Saúde, que ao enviar novos lotes já define o público-alvo. “Só vamos vacinar estas categorias quando o Ministério mandar os lotes específicos, mas ainda não encaminhou”, esclarece.
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