sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Piauí possui apenas uma maternidade com banco de leite disponível

Com a demanda elevada, a captação do estado não consegue cobrir 100% de todas as necessidades dos bebês que precisam do leite

04 de agosto de 2021

A Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), localizada em Teresina, é a única instituição com banco de leite humano no estado, ocupando a posição de centro de referência. Além disso, o Piauí conta com quatro pontos de coleta, responsáveis pela arrecadação e distribuição do leite. Destes, somente um está fora da capital, encontrando-se em Floriano (251km de Teresina), na maternidade do Hospital Regional Tibério Nunes.

O leite arrecadado é a fonte de alimento de bebês que estão internados em unidades de risco e a demanda se estende por outros municípios.  A ampliação de bancos de leite e pontos de coleta, traria autonomia e assistência, além de agilidade e segurança a mães e bebês. “A necessidade é presente, ainda estamos em caminhada por essa melhoria na rede de bancos e coletas”, diz  Vanessa Moura Paz, Coordenadora do Centro de Referência Estadual para Bancos de Leite Humano (BLHMDER).

Com a demanda elevada e  crescente, a captação do estado não tem conseguido cobrir 100% de todas as necessidades dos prematuros internados em UTI, uma vez que a procura aumenta e os bebês que tiveram melhoria  no seu quadro clínico, demandam uma maior quantidade de alimento.

Ainda assim, a coordenadora Vanessa pontua que houve melhora no estoque e capacidade de ampliação da oferta nos últimos seis meses, mesmo com a pandemia. A fala da coordenadora acontece algumas semanas após o projeto de lei que institui a Semana Estadual de Doação de Leite Humano, aprovada no plenário da Assembleia Legislativa do Piauí, para incentivar a importância das doações de leite materno.

Rede de apoio de mães

Atualmente, a Maternidade Evangelina Rosa conta com uma média de 45 a 60 mães no quadro permanente de doação. A maior fonte de leite materno doado vem de fora da maternidade. Agnes Meneses é mãe da pequena Manuela, de quatro meses. Ela começou a doar para o banco de leite quando sua filha tinha apenas um mês de vida. 

Desde que engravidou, tinha vontade de fazer a doação. “A minha felicidade em ser mãe pode ser compartilhada com outras mães em que seus bebês precisam desse leite. É uma rede de apoio a mulheres”, diz. 

Agnes integra o banco de leite local, que também é responsável por todo o processo de sensibilização das mães, como também o tratamento de leite e controle microbiológico, que corresponde ao processo de segurança e qualidade. Uma vez feito o tratamento, o material estará pronto para alimentar os bebês.

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Categorias: Últimas

Joseph Oliveira

Graduando em jornalismo na Universidade Federal do Piauí.

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