Parnaíba comemora hoje (14) o seu 177° aniversário. Localizada entre o Rio Igaraçu e a Serra da Ibiapaba, a cidade já chamava atenção pela presença do Delta em mar aberto desde 1500. A relação do mar com a cidade evidencia uma forte conexão com a cultura local. Por conta disso, explica o arquiteto Paulo Vasconcelos, o Museu do Mar do Delta do Parnaíba “Seu João Claudino”, inaugurado em julho deste ano, foi pensado no que acontece na cidade através das águas, como a economia, o artesanato, as embarcações, meio ambiente e o povo parnaibano.
De acordo com Paulo, a proposta do Museu do Mar demorou cerca de três anos de pesquisas na região, entre entrevistas com os moradores, pescadores, marisqueiras e pesquisas sobre a geologia, fauna e flora da região. O local conta com 11 embarcações de diferentes tipos e dezenas de peças artesanais, como uma rara ossada de peixe-boi e um esqueleto de baleia cachalote, com 16 metros de extensão.
O museu foi pensado para ser 3 em 1. A primeira parte é composta pelas peças decorativas, relacionando as práticas marítimas, pesca, cata do marisco, religião e fé de Parnaíba. A segunda seção diz respeito à natureza e preservação, onde se concentra as peças que detalham os peixes encontrados no mar e rios que fazem parte da cidade. Enquanto isso, na terceira parte, há tecnologia e a evolução das navegações marítimas que ajudaram a desenvolver o potencial econômico da cidade.
“É uma forma de envolver quem e o que faz parte dessa cidade por meio do mar. Há uma imersão das relações culturais e econômicas da cidade, como uma forma de homenagem à população”, finaliza.
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