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Descarte irregular de máscara pode prejudicar o meio ambiente, afirma especialista

Brasil usa 12 bilhões de máscaras em um ano e acende alerta para descarte responsável

20 de setembro de 2021

Desde o início de 2020, milhões de pessoas em todo o mundo passaram a utilizar máscaras e luvas descartáveis como proteção para a não contaminação pelo novo coronavírus. Com todo esse lixo hospitalar, pesquisadores já se preocupam com o impacto no meio ambiente. Segundo o Instituto Akatu, ONG voltada para o consumo consciente, desde o início da pandemia até os dias de hoje já foram mais de 12 bilhões de máscaras descartadas – Em média, uma família de quatro pessoas, por exemplo, usa 120 máscaras descartáveis por mês.

Ainda em 2020 pesquisadores acenderam um alerta para a utilização e descarte responsável da máscara, após um pinguim ter sido achado morto em praia de São Paulo. De acordo com o Instituto Argonauta, o exame de necropsia localizou uma máscara facial N95 no estômago do animal.

Além do descarte, a produção de máscaras não para no Brasil. Atualmente, dados da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg) apontam que o setor de PFF2 fornece cerca de 50 milhões de máscaras todos os meses. O problema é especialmente danoso para os oceanos por conta da presença do plástico nas máscaras do tipo cirúrgica, KN95 e PFF2. “É muito prejudicial à vida marinha e à nossa própria vida porque consumimos os peixes”, diz a pesquisadora em desenvolvimento e meio ambiente, Aianna Rios. “São 500 anos de decomposição, é um longo impacto”. 

A pesquisadora destaca também o papel do poder público como agente conscientizador da prática de descarte responsável – grande parte da população não tem acesso à informação sobre os impactos causados por um descarte irregular da máscara, podendo ser prejudicial não só ao meio ambiente como também para a proliferação de diversos tipos de vírus, incluindo o da Covid-19. 

No Piauí o uso da máscara de proteção facial se tornou obrigatório desde o dia 22 de abril de 2020, como medida adicional de saúde pública. Uma nota técnica da Vigilância Sanitária foi feita sobre os cuidados na utilização e descarte de máscaras pela população. Na nota, o órgão recomenda que, quando a máscara estiver sem condições de uso ou após utilização da máscara de TNT, sejam descartadas imediatamente, evitando o risco de contaminar outras pessoas. MILFS, Matures, Teens. Best Porn Online https://mat6tube.com/ watch right now! USA, UK, Australia, South Korea, France, Germany, etc.

No descarte, deve-se colocar a máscara em um saco plástico fechado, envolvê-la em outro saco plástico também fechado e, se possível, identificá-lo como “material infectante”, usando lixeiras com tampa. A nota também traz instruções sobre não tocar a superfície, evitar levar a mão aos olhos, nariz e boca, além de higienizá-las corretamente com água e sabão ou álcool 70.

Máscara biodegradável 

Ainda não é possível afirmar quando o uso de máscaras deixará de ser essencial para proteção da população. Por este motivo, novas produções de máscaras estão sendo estudadas com o intuito de causar menos impacto ao meio ambiente. Há iniciativa de empresas que testam modelos 100% de base vegetal, além de recolher máscaras descartadas para reciclagem. 

A Oceanshiled, como assim foi nomeada, é uma máscara feita a partir de materiais vegetais 100% biodegradáveis com a mesma eficácia de proteção da N95. E, ainda que descartada em aterros sanitários ou oceanos, ela se decompõe em até 90 dias. 

Para garantir que o produto tivesse um ciclo de vida sustentável, o casal dono da empresa estimulou o retorno das máscaras usadas à fabricante, onde elas são recicladas e podem se tornar novas peças. A cada máscara retornada, os consumidores recebem um crédito de US$ 1 para compras na empresa. Se o produto devolvido for de outro fabricantes, o crédito é de US$ 0,25.

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