Teresina é uma cidade que está bastante vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas. É isso o que apontam as análises comparativas das Normas Climatológicas de temperatura do ar, estabelecidas pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) entre os períodos de 1961 a 1990, e de 1981 a 2010. As temperaturas máximas, segundo os gráficos, subiram de meio grau a até quase dois graus nos últimos 50 anos na capital.
Pensando nisso, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) , escolheram a capital do Piauí para sediar um projeto piloto denominado Centro de Eficiência e Sustentabilidade Urbana (CESU).
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Os CESUs são projetos que pretendem fomentar testes em ambiente urbano de Tecnologias Climáticas. O objetivo é promover a redução da emissão de carbono e propiciar melhor qualidade de vida à população. A ideia é que funcionem como laboratório vivo urbano, desenvolvendo soluções para problemas públicos urbanos, com foco na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
A coordenadora do projeto em Teresina, Monique Menezes, enfatiza a importância do projeto para a capital. Ela acredita que a cidade ganha – além dos empreendedores, e da população, que podem se beneficiar das muitas tecnologias em fase de teste, doadas ao município em contrapartida.
Monique explica ainda que o Centro de Eficiência em Sustentabilidade Urbana irá promover ao município relatórios de avaliação de aplicações das tecnologias para soluções inteligentes. “Uma cidade só será inovadora e inteligente se possuir soluções criativas para os problemas sociais”, diz.
Uma cidade sustentável se caracteriza por ser muito bem planejada e administrada, tendo como destaque em suas práticas: ações efetivas para a diminuição da poluição, bom planejamento urbano, utilização de energia limpa e destinação adequada dos resíduos urbanos. “A implantação de tecnologias nas cidades permite uma série de melhorias, entre elas a otimização de recursos para o desenvolvimento de ações efetivas para a população”, comenta a coordenadora.
As chamadas “cidades inteligentes” ou smart cities baseiam-se na premissa de que a tecnologia deverá ser usada em serviço das pessoas – elas formarão redes de informações, permitindo que as cidades usem recursos de maneira mais inteligente ou otimizada, promovendo um desenvolvimento sustentável.
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