O detector Ionizográfico, idealizado pelo médico piauiense Ary Oliveira Pires, ficou em primeiro lugar no 24° Salão do Inventor Brasileiro – evento criado pelo Clube dos Inventores desde 1996. Após a vitória, a criação vai representar o Brasil em eventos internacionais similares.
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O aparelho contém cerca de 25 centímetros e pode aumentar a agilidade no diagnóstico do câncer de mama. Atualmente, os exames são feitos em máquinas que podem chegar a ocupar a vaga de um automóvel – o PET-CT oncológico (Tomografia por Emissão de Pósitrons/Tomografia Computadorizada) chegando a custar até seis mil reais.
A pesquisa aponta que o aparelho foi capaz de captar nódulos mamários malignos em três pacientes. Um diagnóstico que, quando feito no Sistema Único de Saúde (SUS), passa por variadas etapas, levando até um mês de espera por resultados. Um levantamento do Observatório de Oncologia realizado, em 2020, apontou que o tempo médio para o diagnóstico de câncer de mama, ao contrário de ganhar agilidade e rapidez, está crescendo em demora: nos últimos quatro anos subiu de 28 para 45 dias.
O tempo de espera pode ser ainda maior. De acordo com Ary em entrevista ao estadodopiaui.com, o Nordeste – e consequentemente o Piauí – tem mais dificuldade em acesso aos aparelhos do que outras regiões do país. “O escopo pode ser maior do que 60 dias, considerando pacientes em cidades pequenas”, contou por telefone. Até 2018, o Piauí contava com 55 mamógrafos em todo o território, com capacidade para realizar até 5.069 exames por ano.
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