A ponte Coronel Simplício Dias da Silva, localizada na cidade de Parnaíba – distante 340 quilômetros de Teresina – vai virar uma grande tela. O projeto “A ponte para a Arte” pretende dar um novo significado ao monumento: para além de interligar caminhos, o projeto pretende aproximar a arte do cotidiano das pessoas. Com a iniciativa, os pilares de apoio da ponte deixam de ser apenas uma via de passagem e se transformam em uma galeria com exposições de fotografias que fazem menção à cultura piauiense.
O projeto traz a técnica do lambe-lambe – comumente utilizada em outdoors – com fotografias superdimensionadas, e está previsto para ser desenvolvido em um ano. A primeira parte já aconteceu – nos últimos seis meses de 2021 – e agora segue por mais um semestre em 2022. Segundo os idealizadores, a designer Ster Farache e o fotógrafo Gelson Cacatau, o objetivo é dar visibilidade à arte e à cultura regional.
Durante a pandemia da Covid-19, com exposições e eventos culturais sendo fechados, uma das intenções do projeto é viabilizar uma via de acesso para a arte urbana. “É uma forma de trazer aos passantes um motivo para perceber o espaço urbano em que está inserido, provocando-o, fazendo-o questionar, admirar ou julgar o que vê”, conta Ster.
Os paredões – ou melhor, telas – registram pessoas que compõem a história do litoral piauiense. Marisqueiras, rendeiras, mestres de boi, bordadeiras, entalhadores e carnavalescos ilustram os pilares da ponte através do “A ponte para a arte”. Ster Farache explica que o projeto nasceu da vontade de preencher as paredes da cidade – uma forma de transformar um monumento passivo para um monumento vivo e ativo. “Uma ponte para uma arte que está ao alcance de qualquer um”, declarou Ster.
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