A primeira edição do Bang! Festival d`Artes Negras inicia nesta sexta-feira (2). O evento é realizado pelo Núcleo de Estudos Baile Afrosamurai – NEBAF!, um grupo de estudos que produz conteúdo e facilita debates sobre arte afro-brasileira. O festival vai acontecer até domingo (4).
A programação traz rodas de conversa sobre racismo e arte coletiva; oficinas de dança e vídeo; shows de ijexá, rap, MPB e samba, além de discotecagens de reggae, afrobeats e funk; feira de afroempreendedores e roda de samba. Serão oferecidas oficinas gratuitas na sexta (02) e no sábado (03) para o público presente. “Tentamos abarcar o máximo de expressões e de situações que contemplem a experiência negra no mundo” afirma o diretor e produtor do festival Caio Silva.
Caio explica que o festival tem o objetivo de somar a um incontável número de expressões e manifestações artísticas negras que acontecem em especial no Piauí, como o PRETAFORMA, realizado de forma remota devido a pandemia, festas do bumba meu boi e festas de reggae. “Percebemos que a influência dos povos negros no Piauí é forte, ela só é invisibilizada” observa o produtor.
Para a produtora do evento, Ariadne Chaves, o BANG Festival tem sua particularidade por não ter apenas uma arte específica, mas por explorar o audiovisual, a música, a dança e demais artes. O evento contará com mais de 20 artistas negros. “A certeza que existem vários outros artistas provoca o desejo para que o festival aconteça mais vezes e com mais pessoas”, comenta Ariadne.
“Espero que aconteça uma grande troca entre todas as pessoas nos 03 dias de evento”, enfatiza Ariadne. Para a produtora, o intuito do projeto é misturar dança, música, pensamento, política, ativismo e a celebração das vidas negras e suas incontáveis expressões artísticas em Teresina, no Piauí e no mundo.
A equipe de produção, convidados, artistas e voluntários que participarão do festival, somam um total de 45 pessoas, dos quais 95% são negras. “No país que é de maioria negra, mas que as pessoas negras não ocupam cargos de organização, um festival como esse é um grande avanço.” finaliza o diretor. O festival também homenageia a socióloga, doutora em direito, professora universitária e política Maria Sueli.
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