domingo, 24 de novembro de 2024

719 pessoas esperam por transplantes de órgãos no estado

Central realizará campanha na última semana de setembro; coordenadora reforça a importância de doações

27 de setembro de 2022

Edição Luana Sena

Dados da Central Estadual de Transplantes do Piauí mostram que, no estado, há 719 pessoas na fila de espera para receber um órgão ou tecido atualmente. Desse total, 387 pessoas esperam por uma córnea e 332 esperam para receber um rim. De janeiro a setembro de 2022, o estado realizou mais de 120 transplantes de córneas e 21 de rim, além de 11 retiradas de fígado.

Até este mês, no Piauí, houve 58 doações de pacientes que tiveram parada cardiorrespiratória e 15 através de pessoas que faleceram por morte encefálica. Esta semana, o estado realizará uma campanha sobre a importância da doação de órgãos, para tentar mudar o cenário discrepante entre o número de pacientes na lista de espera e o número de transplantes realizados.

A campanha “Doe Órgãos a Vida Precisa Continuar” iniciou no dia 27 de setembro – Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos, com evento marcado por uma celebração na Capela do Hospital Getúlio Vargas, em homenagem a todos os doadores do Piauí. 

No Brasil, a doação ainda é tratada como tabu por desinformação e pouca discussão sobre o assunto. No início da pandemia, em 2020, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) divulgou que o número de transplantes caiu e a taxa de mortalidade de quem está na fila de espera aumentou de 10% para 30%.

Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apontou três motivos para a alta taxa de recusa familiar. Primeiramente, pela incompreensão sobre a morte encefálica. Além disso, há falta de preparo da equipe médica para fazer a comunicação sobre a morte e doação e, por fim, a religião. A legislação brasileira só permite a remoção dos órgãos com a autorização familiar. 

A Central também reforçou a necessidade de aumentar o número de doações e transplantes. “É preciso sensibilizar a sociedade para que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto”, lembra a coordenadora da Central, Lourdes Veras. 

domingo, 24 de novembro de 2024

0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *