domingo, 24 de novembro de 2024

Mais de 1 milhão de pessoas no Piauí ainda não foram ouvidas pelo Censo 2022

Prazo foi prorrogado até dezembro; moradores recusam responder à pesquisa

13 de outubro de 2022

Edição Luana Sena

No Piauí, 30% da população ainda será entrevistada pelo Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O trabalho de coleta dos recenseadores, que se encerraria neste mês de outubro, precisou ser prorrogado até dezembro para que mais de 1 milhão de pessoas sejam ouvidas. 

Leia mais: Mimbó, um das comunidades mais antigas do Piauí, sediará o início da coleta do censo demográfico

A pesquisa tem como principal objetivo a produção e análise de informações estatísticas sobre a população brasileira.  Os dados que revelam como vivem os brasileiros, trazem informações geográficas imprescindíveis para a definição de políticas públicas.

Segundo o IBGE, existe grande recusa da população em responder a pesquisa. Em entrevista ao oestadodopiauí.com, o supervisor do órgão no Piauí, Eyder Mendes, contou que algumas pessoas alegam falta de tempo, além de afirmar que desconhecem o trabalho do Censo. “Outros parecem ter medo de receber o recenseador em razão de talvez ele não ser realmente um servidor do IBGE mas, sim, alguém querendo tirar proveito do acesso à sua residência para roubá-la”, relata Eyder.

Os lares em que os residentes se recusam a receber os recenseadores serão visitados por supervisores, na tentativa de diminuir a defasagem de dados. “Faremos isso com o intuito de esclarecer a importância dos resultados do trabalho do Censo para a própria população, através da realização de inúmeras políticas públicas por parte dos governos municipais, estaduais e federal”, disse Mendes.

Responder ao Censo é uma obrigação legal para todos os cidadãos. A Lei – 5.534, de 1968, estabelece, inclusive, que é direito assegurado ao morador do domicílio o sigilo de todas as informações que forem repassadas ao Censo Demográfico. A não prestação de informações pode resultar em multas de até  dez vezes o maior salário-mínimo vigente no país.

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