Estudantes de todo país iniciam nesta terça-feira (18) mobilizações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), os atos acontecem devido ao desmonte da educação nos últimos meses. Em Teresina, as manifestações estão previstas para acontecer às 16 horas na Praça do Fripisa.
Em Picos, Sul do Piauí, as manifestações iniciaram desde 7 horas da manhã, na praça Félix Pacheco. Estudantes do ensino médio e superior levantavam cartazes contra o atual governo. Ao todo, mais de 65 municípios brasileiros devem apoiar a causa com manifestações ao longo do dia.
Para a diretora da Associação dos Pós-Graduandos (APG), Yasmin Lima, os atos são contra as sequências de contingenciamentos que as universidades foram alvos nos últimos meses. No dia 5 de outubro, universidades e institutos federais foram surpreendidos por um ofício enviado pelo Governo Federal, anunciando a retenção de 2,4 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC). Os impactos afetariam as atividades da pasta e das federais de educação, que já vinham passando por um enxugamento.
Os Institutos Federais (IFs) e Universidades Federais (UFs) postaram notas de repúdio contra a decisão do Governo. Após ondas de protestos e manifestações, o ministro da educação, Victor Godoy publicou um vídeo afirmando o recuo do confisco de 2,4 bilhões dos institutos federais e universidades. Mesmo com o MEC voltando atrás, os estudantes afirmam que as ameaças representam um desmonte das instituições públicas.
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“A juventude necessita do direito de sonhar, e é por isso que nos colocamos de modo frontal perante os cortes na educação” afirma Yasmin. “Mais do que nunca, a pressão exercida pela sociedade civil se faz essencial”, destaca à reportagem.
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