sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Senadora Eliane Nogueira vota contra Bolsa Família de 600 reais

Um em cada quatro domicílios piauienses recebe o auxílio; taxa é três vezes maior que a média brasileira

13 de dezembro de 2022

Edição Luana Sena

O Senado aprovou a PEC de Transição em dois turnos, no dia 7 de dezembro. Eliane Nogueira (PP), mãe do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), votou contra o projeto que amplia o teto de gastos em 145 bilhões de reais por dois anos. O valor seria utilizado para bancar as parcelas de R$ 600 do Bolsa Família, com adicional de R$150 para crianças abaixo de seis anos. 

Dos três senadores do Piauí, ela foi a única a votar contra. Além do Bolsa Família, a PEC deve financiar outros programas sociais. Para aprovação eram necessários 49 votos. Considerada uma votação folgada, no 1º turno foram 64 votos a favor e 16 contra. No 2º turno, a votação ficou em 64 a 13. 

Eliane pode ter agido diferente da combinação do partido. Isso porque, no dia 30 de novembro, o Progressistas (PP), de Ciro Nogueira, confirmou consenso para apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição no Senado. Em nota, o PP afirmou que aprova a PEC de Transição para conceder o valor de 200,00 reais a mais no benefício social.

Além de Eliane, Esperidião Amin e Luis Carlos Heinze, ambos do partido Progressistas, também votaram contra a PEC. De oito, cinco senadores do Partido Liberal (PL), partido do presidente Bolsonaro, votaram contra. Já os seis eleitos do União Brasil, partido que deu sustentação para o atual governo, se mostraram a favor do auxílio de 600 reais.  

Eliane deu início ao seu primeiro mandato político no ano passado, ao assumir o Senado como suplente do filho Ciro Nogueira. A postura atual da senadora é contrária à que foi prometida durante sua posse. Na época, ela declarou que o “amor pelo estado” a faria atuar pelos menos favorecidos.

O Piauí tem a maior proporção de domicílios dependentes do programa social no país. Em 2021, 169 mil residências no estado possuíam moradores que receberam o benefício. Um ano depois, catapultado pela pandemia, o número saltou para 266 mil. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, mostraram que a taxa do Piauí (25,8%) é cerca de três vezes maior que a brasileira: no país, apenas 8,6% dos domicílios tiveram rendimentos provenientes do Bolsa Família em 2021.

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