domingo, 24 de novembro de 2024

Após mais de uma década fechada, Capela do Sanatório Meduna é reaberta em Teresina

Com reforma, local passa a receber fiéis para celebrações, orientações espirituais e eventos universitários

28 de dezembro de 2021

Edição Luana Sena

Um gesto de gentileza proporcionou que o casamento de Franklin e Gilma Fortes pudesse acontecer na Capela Universitária São Paulo VI, conhecida como Capela do Sanatório Meduna, em janeiro de 1986. O presente foi concedido pelo Dr. Clidenor de Freitas, um grande amigo da família, e criador do Sanatório na década de 50. A capela, que fez parte de um momento ímpar para a família Fortes, estava fechada há onze anos – e no último dia 19 de dezembro, teve suas portas reabertas. 

O espaço passou por reestruturação e modernização, além da troca do telhado, construção do muro em torno da capela, reformas dos banheiros e readequação litúrgica do espaço. A partir da reforma, a capela passa a receber fiéis para celebrações, orientações espirituais e eventos universitários – a Capela do Meduna, porém, é a única capela universitária no Brasil sediada fora de uma instituição universitária. 

Entre o casamento do casal Fortes e a reabertura da capela, a filha de Franklin e Gilma, Camila Fortes, se interessou em estudar a doença mental no Piauí. A pesquisadora conta que a capela do Meduna, junto ao Sanatório, faz parte da história da saúde mental da cidade de Teresina.

Ela explica que o sanatório defendia a humanização no tratamento psiquiátrico. Enquanto, à época da sua criação, eram desenvolvidos métodos considerados avançados – como a malarioterapia, eletroconvulsoterapia, conhecido como eletrochoque, insulinoterapia -, o Meduna também ficou conhecido por utilizar as artes plásticas, a musicoterapia e jogos interativos no auxílio ao tratamento das pessoas ali internadas. “É importante que a gente não cometa anacronismos, pois, para a época, era o que havia de mais inovador”, destaca Camila.

Atualmente, ainda desenvolvendo pesquisas no campo da saúde mental e comunicação, Camila resgata um sentimento afetivo revendo a reabertura da capela. “Desde a graduação eu venho estudando sobre a loucura no Piauí através de uma perspectiva comunicacional e, sem dúvida, esse laço afetivo contou e ainda conta muito para a minha pesquisa”, destaca a pesquisadora. 

Para poder ser reaberta, foram realizadas rifas, leilões e doações que custeassem as obras de reforma. Dom Jacinto Brito, idealizador da iniciativa, chegou a celebrar uma Santa Missa a fim de arrecadar mais verbas para concluir a obra. Porém, a comunidade ainda pode ajudar contribuindo para o funcionamento da Capela do Meduna, através da conta corrente no Banco do Brasil. AG. 3219-0 e C/C. 10563-5, ou do Pix: pastoraluniversitariateresinapiaui@outlook.com.

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