A busca por um entendimento entre a Prefeitura de Teresina, o Setut e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) continua. Na manhã da última quarta-feira (2), o presidente do sindicato, Antônio Cardoso, foi até a PMT para alertar sobre a possibilidade de uma nova greve do transporte coletivo na capital.
O presidente explicou que a classe reivindica a assinatura da convenção coletiva, por parte dos empresários. Há três anos há a tentativa de firmar um reajuste linear de 19,98% e o retorno de benefícios como o plano de saúde e ticket alimentação. “Queremos dialogar para chegar em uma solução com todas as partes”, disse o presidente. “Entendemos que a população já foi muito prejudicada”.
Antônio Cardoso alegou ainda que a classe não possui garantia de direitos trabalhistas e, atualmente, os trabalhadores não sabem nem qual salário recebem por mês – boa parte tem recebido por horas trabalhadas e outros recebem diária. O Sintetro afirma que somente duas empresas pagam conforme a CLT. “A convenção pode nos dar a garantia da nossa carga horária e salário, para não ficarmos perdidos no final do mês”, pontuou.
Um novo encontro na quinta-feira (3), com duração de quase três horas, reuniu empresários do setor de transporte público e sindicato, na sede da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans). Na ocasião, o Sintetro decidiu o adiamento da greve, concordando com uma nova rodada de negociações agendada para a próxima segunda-feira (7) – data em que a categoria planejava realizar uma assembleia geral para decidir sobre a paralisação das atividades.
Mesmo com os permanentes diálogos para evitar uma nova paralisação, os empresários do Setut argumentam que não têm como arcar com as reivindicações da categoria sem auxílio do poder público. Caso o impasse não seja contornado, motoristas e cobradores podem deflagrar uma nova greve de ônibus na capital na próxima quarta-feira (9).
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