Na última quarta-feira (4), a Câmara Municipal de Teresina, aprovou o projeto de lei que reconhece a a Associação das Prostitutas do Piauí (APROSPI) por sua utilidade pública. Com o reconhecimento, a a entidade sem fins lucrativos pode firmar convênios com o poder público.
O projeto, de autoria dos vereadores Teresinha Medeiros (PSL) e Luiz Lobão (MDB), reconhece as atividades e ações que a APROSPI desenvolve ha mais de 13 anos. Segundo o projeto, a associação contribui com a saúde pública do município, por levar informações de infecções sexualmente transmissíveis (IST), distribuição de preservativos, gel lubrificante e orientações para profissionais do sexo na capital.
O projeto foi aprovado com um voto contrário, do vereador Levino de Jesus (Republicanos) e três abstenções, dos vereadores Joaquim Caldas (MDB), Ismael Silva (PSD) e Edilberto Borges – Dudu (PT). A redação entrou em contato com o vereador Levino Jesus, que preferiu não se pronunciar.
A Associação oportuniza cursos profissionalizantes, visando o empreendedorismo na área de culinária, corte e costura, artesanato e fabricação de materiais de limpeza para oportunizar uma nova realidade a mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Para a fundadora Célia Gomes, a aprovação do projeto é um passo importante na luta pelo reconhecimento do trabalho da APROSPI. “Nosso trabalho é dar uma nova chance para essas mulheres, que muitas vezes, entram na prostituição pela miséria e pobreza”, comenta.
Atualmente, a associação atende 1200 prostitutas – 40% recebem atendimento contínuo e 60% de forma indireta. O levantamento é feito pelos cadastros da própria APROSPI, durante as ações no centro da cidade.
0 comentário