sábado, 23 de novembro de 2024

Cestas básicas aumentam mais de 10% em um ano nas capitais nordestinas

O aumento nos outros estados interfere nos preços de alimentos do Piauí

17 de agosto de 2021

O preço das cestas básicas apresentaram mais de 10% de aumento nas capitais nordestinas entre julho de 2020 e 2021, aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas (Dieese). Cidades como Natal, Fortaleza, Aracaju, Recife, João Pessoa e Salvador, apresentaram uma média de R$78 reais a mais nos últimos 12 meses. 

O estudo contou com os preços de 39 produtos, entre alimentos e itens de higiene pessoal e doméstico. Ao todo, o levantamento busca cerca de 30 supermercados em cada capital, buscando os itens com menores preços de três marcas diferentes. 

Teresina não apareceu no estudo, isso porque, segundo a economista Rebeca Nepomuceno, a capital não possui número populacional expressivo e características de metrópole. A especialista explica que ainda estão sendo elaboradas metodologias para poder realizar pesquisas desse caráter no município. Entretanto, é possível afirmar que o aumento em cidades vizinhas interfere nos preços de alimentos do Piauí, uma vez que o estado é dependente do comércio interestadual, como o Ceará e estados de outras regiões do país. 

O aumento dos preços já havia preocupado o funcionário público Hélio Franco. Desde o início da pandemia da Covid-19, ele percebeu que durante as idas semanais aos mercados e supermercados os preços dos alimentos haviam aumentado. Preocupado com o orçamento, ele relata que fez cortes de gastos no lazer e produtos para entretenimento visando não reduzir a compra de comida. “Por enquanto vou fazendo manobras em outros gastos, mas com receio de que um dia pode não ter de onde economiar”, relata. 

A economista aponta que fatores como o aumento da gasolina no país proporcionam uma “pressão inflacionária”, fazendo com que haja um aumento dos preços de alimentos em geral. Além disso, os preços podem aumentar ainda mais nos próximos meses. “A crise hídrica e a oscilação das variações climáticas enfrentadas no Sudeste do país em 2020 vai aumentar consideravelmente a produção de grãos, como arroz, milho e feijão, afetando a cesta básica”, diz. 

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