sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Com convenção coletiva assinada, trabalhadores encerram greve de ônibus em Teresina

Sintetro aprovou o aumento do salário do motorista; Paralisação já durava 23 dias

12 de abril de 2022

Após reunião a portas fechadas, os representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) e do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setut) assinaram a convenção coletiva reivindicada pelos trabalhadores. A reunião aconteceu no gabinete da desembargadora Liana Chaib, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e pôs fim à paralisação que já durava 23 dias. Com o fim da greve, os ônibus voltam a circular gradativamente ainda na tarde desta terça, 12. 

Cobradores e motoristas do transporte coletivo de Teresina haviam rejeitado a proposta de acordo feita pelos empresários do Setut na assembleia de segunda-feira. O principal impasse nas negociações entre empresários e trabalhadores era a proposta de cortar 20% dos cobradores na frota –  os motoristas deveriam, assim, assumir a função dentro do ônibus.

Motoristas e cobradores votam a favor do fim da greve (Foto: ascom Sintetro)

Após duas reuniões, com o avanço das negociações, as partes chegaram a um acordo e a proposta foi levada para votação dos trabalhadores na sede do Sintetro. Uma nova assembleia foi realizada e culminou no fim da greve do transporte coletivo de Teresina.

Com o acordo, o salário dos motoristas de ônibus ficou fixado em dois mil reais. Os cobradores passam a receber R$1.231,00 e o fiscal R$1.325,00. Os trabalhadores também receberão o auxílio-alimentação de 170 reais e auxílio-saúde, de 60 reais – benefícios que não estavam sendo pagos desde 2020.

Leia mais:Trabalhadores reclamam da falta de ônibus e de transporte por aplicativo: “Teresina está um caos”

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) também reivindicava a assinatura da convenção coletiva – documento que garante os direitos dos trabalhadores. “Com assinatura da convenção, a categoria volta imediatamente e não vai mais ganhar R$300 ou R$800 por mês, mas um salário fixo”, afirma o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso. “Não é o salário que queríamos, mas já é um avanço para a categoria”. 

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