A chegada de grandes empresas e energias renováveis no Piauí chamou atenção para um fato: o estado estaria importando da China materiais e equipamentos que são fabricados aqui no Brasil, mais precisamente no estado vizinho, o Ceará.
A informação veio à tona através da coluna do jornalista Egídio Serpa, do Diário do Nordeste. “Em vez de usar equipamentos fabricados no Brasil, e neste caso ‘made in Ceará’, uma empresa que está instalando no vizinho Piauí um parque de geração de energia eólica importou da China não somente naceles, transformadores, geradores e torres, mas também pás eólicas com 76 metros de comprimento”, diz o texto.
Ele cita que, além de trazer de fora o que se fabrica aqui do lado, os materiais e equipamentos chegam ao solo brasileiro pelo Porto do Pecém, no Ceará, e de lá seguem por rodovia até o Piauí. “Teria saído mais rápido e mais barato se toda a encomenda piauiense tivesse sido feita às competentes e modernas fábricas cearenses”, finaliza Serpa, lembrando que o Piauí é governado por Wellington Dias e, o Ceará, por Camilo Santana, ambos do PT.
Procurado por nossa reportagem, o diretor de Energias Renováveis Howzembergson de Brito Lima esclareceu que o governo não interfere na compra desses materiais. “Esses empreendimentos e essas aquisições de materiais não são feitos pelo estado e sim pela iniciativa privada. A energia privada faz a sua pesquisa de mercado, suas avaliações de preço, prazo de entrega. O estado não interfere em nenhum momento nessa comercialização”, pontua.
Atualmente o Piauí conta com usinas de energia eólica instaladas em nove municípios, entre eles o Parque Lagoa dos Ventos, instalado no município de Lagoa do Barro, que é o maior empreendimento do ramo na América do Sul. O parque já entrou em operação e é composto por 230 turbinas eólicas e conseguirá gerar mais de 3,3 TWh por ano.
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