Em todo o Brasil, estudantes iniciam mobilizações contra os apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira (9). Os atos foram convocados pela União dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) em resposta à movimentação terrorista praticada em Brasília no último domingo (08). Em Teresina, a manifestação deve acontecer às 17:00, no cruzamento da Frei Serafim com a avenida Miguel Rosa.
Na tarde de domingo (8), manifestantes golpistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Vidraças da sede do Congresso foram quebradas, obras de artes e objetos históricos vandalizados, gabinetes invadidos e armas roubadas – alguns dos inúmeros prejuízos deixados pelos radicais. Sem comprovação, os terroristas apontam fraudes nas eleições e reivindicam “intervenção militar”.
Utilizando roupas em verde e amarelo e com bandeiras do Brasil em punho, o grupo afirma ser formado por pessoas de várias regiões do país. Grupos no Telegram com milhares de apoiadores organizaram e financiaram a articulação do atentado.
Para a advogada e ex-presidente da União da Juventude Socialista, Isadora Cortez, o movimento foi organizado e representa um ataque direto à democracia por parte daqueles que apoiam o ex-presidente. “Essas pessoas precisam respeitar o resultado das urnas”, afirma. “Agora, precisamos mais do que nunca, estarmos firmes na defesa do estado democrático de direito”, declarou à reportagem.
Ainda na noite de ontem, o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou em sua conta no Twitter que “os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos”.
Na manhã desta segunda-feira (9), homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Piauí embarcaram para Brasília com intuito de ajudar a restabelecer a ordem democrática no Distrito Federal. Outros estados têm tomado a mesma atitude.
Segundo o governador Rafael Fonteles, o policiamento no estado também deve ser reforçado nos próximos dias. Ele instituiu o Gabinete de Crise contra Atos Antidemocráticos. O objetivo é evitar que atos como o de Brasília sejam reproduzidos no estado. O secretário de segurança, Chico Lucas, informou que o número (86) 99492-3705 está disponível para o recebimento de informações e denúncias sobre movimentos orquestrados contra as instituições da República.
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