O Encontro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – Representação Piauí aconteceu nesta segunda (8), na UFPI Campus Ministro Petrônio Portella. O auditório do Centro de Tecnologia da instituição ficou repleto de pesquisadores para assistir a conferência de abertura. Foram mais de 250 inscrições para o evento.
A abertura do encontro contou com a presença do presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, além dos reitores da UFPI e UESPI, Gildásio Guedes e Evandro Alberto e da pró-reitora de extensão do Instituto Federal do Piauí, Divamélia Gomes. Também compuseram a mesa de honra Nouga Cardoso, secretário municipal de educação, José Arimatéia, da Academia de Ciências do Piauí e Olívia Perez, representante regional da SBPC.
Para retomar a representação regional da SBPC – o Piauí já tinha uma articulação iniciada em São Raimundo Nonato, em 2016 – a entidade precisou reunir 50 novos associados. Em novembro do ano passado, o ex-ministro da Educação do governo Dilma e professor de filosofia, veio a Teresina participar do Pré-The Summit, evento que discutiu inovação, tecnologia e o fator humano. O contato foi o pontapé inicial para retomar a articulação da SBPC no Piauí.
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Na conferência de abertura, com o tema “A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Ciência no Piauí”, Janine ressaltou o potencial brasileiro de produzir cientistas. “Quando defendi meu doutorado, nos anos 70, o Brasil formava 600 doutores por ano”, afirmou. “Hoje são 20 mil, uma proporção que evidencia o potencial do país de formar seus próprios doutores”.
O presidente lembrou sua atuação à frente da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – e a importância do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para o país. “No histórico da SBPC está a criação dessas agências, nos anos 50”, pontuou.
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Os desafios para a retomada da pesquisa científica no país após cortes substanciais na educação também foram pautados na conferência. “Agora vamos entrar em um governo que, pelo seu histórico, tem uma preocupação com a educação, a ciência, o meio ambiente, mas vai enfrentar muitos desafios”, avaliou.
Janine destacou que o próximo governo deve ter como compromisso ético o combate à fome, mas deve também priorizar as discussões ambientais. “Não se pode pensar as áreas do conhecimento de forma separada”, observou. “Se nós queremos que a Floresta Amazônica tenha um futuro bom para ela, temos que ter bons biólogos, bons físicos e antropólogos preparados”, ressaltou.
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