O número de pessoas desempregadas no Piauí atingiu um recorde histórico. No 2º trimestre, 14,9% da população, com 14 anos ou mais, estava fora do mercado de trabalho e em busca por inserção, cerca de 212 mil piauienses. O pior número já contabilizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Os índices no Piauí se mostram ainda piores quando comparados ao país, que apresenta pequenas melhoras. Além disso, quando comparado ao mesmo levantamento disponibilizado no 1º trimestre, quando o Piauí apresentou uma taxa de desocupação de 14,7%, a menor taxa do Nordeste até a ocasião, mas já mostrava indícios dos próximos meses, visto que já era a maior taxa desde 2012.
Como um efeito cascata, o desemprego gera ainda um outro fator: o aumento na taxa da informalidade. O mesmo levantamento aponta que 56,9% dos piauienses, 687 mil pessoas, tinham sua renda principal provinda de empregos sem vínculo empregatício ou registro formal.
O levantamento só comprova o sentimento do dia a dia da população. Érica Pereira, é estudante universitária e ao perceber que a renda da família diminuiu, começou a procurar emprego. Com um ano na busca, a jovem ainda não conseguiu. “Creio que requisitos como experiência e a própria questão do desemprego e a pandemia acentuaram essa crise no mercado de trabalho”, comenta a jovem.
Sem emprego e sem perspectiva de melhora até a saúde é posta em risco. Estamos sempre preocupados com o sustento, causando inclusive problemas como a ansiedade”, comenta Érica. “Na contramão, o preço dos produtos básicos e a inflação só crescem”, lamenta.
0 comentário