No Piauí, cerca de oito mil pessoas vivem em áreas consideradas de risco muito alto para desastres geológicos, abrangendo 47 municípios. 90 municípios, englobando aproximadamente 34 mil pessoas, têm alto risco de serem afetados. Os dados foram apontados pelo Serviço Geológico do Brasil.
A cidade de Campo Maior, ao Norte do Piauí, lidera o ranking de municípios com zonas de risco muito alto, com cinco regiões. Teresina fica em segundo lugar, com quatro áreas com riscos de inundação, deslizamento e queda.
Segundo o climatologista Werton Costa, as cidades mapeadas foram as que mais acionaram o serviço de proteção, a Defesa Civil nacional. “O universo de áreas de risco é muito maior, aqueles do estudo são os que têm maior número de ocorrências”, afirma.
O especialista aponta que o estudo serve para o desenvolvimento de ferramentas mais eficazes. “Uma vez que tenhamos conhecimento dessas áreas de risco podemos traçar melhores políticas de atuação”, comenta. “A pesquisa também serve para as pessoas mudarem suas atitudes, em especial com o meio ambiente”.
As áreas em risco estão localizadas em ambientes já considerados vulneráveis, como morros, margens de açude, margens de rios e outros. O período chuvoso no Piauí pode aumentar a quantidade de áreas em risco estabelecidas pelo serviço geológico.
De acordo com o climatologista, é necessária a recuperação das áreas degradadas, com arborização e barragens de contenção, por exemplo. Além disso, é preciso realocar a população que mora nessas regiões. “É importante ter iniciativas e programas de educação para situação de risco, familiarizando a comunidade dessas condições”, finalizou.
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