sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Piauí têm aumento nos casos de dengue e chikugunya

Sesapi acende alerta para cinco municípios que apresentam grande incidência de casos

30 de março de 2022
por Redação

A pandemia causada pela Covid-19 desafiou a saúde no Brasil com aumento exponencial do número de casos e, consequentemente, de mortes, durante o ano de 2020 e 2021. Mas, essa não é a única preocupação dos órgãos de saúde. O país também enfrenta cada vez mais casos de doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. 

De acordo com o último boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde, os casos de chikungunya aumentaram 31% no Brasil na comparação entre 2020 e 2021. Até o dia 4 de dezembro de 2021, foram registrados 93,4 mil casos prováveis da doença causada por um vírus e transmitida pela picada do mosquito aedes aegypti – a região Nordeste segue como a mais afetada, com uma incidência de 111,7 casos a cada 100 mil habitantes. 

No Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) confirmou um aumento de 221,6% no número de casos de dengue em relação ao mesmo período de 2021. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Dengue, referentes à 10ª semana epidemiológica do ano. Enquanto em 2021, no mesmo período, 41 municípios haviam informado 334 casos prováveis da doença, em 2022 já são 67 municípios informando 1.074 casos prováveis da doença.

Os cinco municípios piauienses que apresentam a maior incidência de casos de dengue são: Teresina, Curimatá, Campo Maior, São Pedro do Piauí e Simplício Mendes. Até o momento, dois óbitos por dengue foram confirmados no estado – uma das vítimas, uma criança de 9 anos, faleceu hoje (30) em hospital privado da capital. 

Em relação a dados epidemiológicos sobre a febre chikungunya, o Piauí apresenta 662,5% de aumento de novos casos em relação ao mesmo período de 2021. Simplício Mendes, Oeiras, Alagoinha do Piauí, São Pedro do Piauí, Picos e Curralinhos são os municípios com maior incidência de casos. 

A funcionária pública, Elisângela Ribeiro (60 anos), teve alta nesta segunda-feira (28) após passar 10 dias em internação – três em UTI, com o diagnóstico de chikungunya e conta que quando foi diagnosticada levou um susto, pois esperava que estivesse com Covid. “Os sintomas foram parecidos, dor de cabeça, dores fortes pelo corpo e febre alta”, diz. “Eu já fui ao hospital pensando que era Covid, nunca mais tinha ouvido falar nessa doença”. 

O Supervisor de Entomologia da Secretaria de Estado da Saúde, Ocimar Alencar,  destaca que a participação da população é essencial para que o quadro se reverta e o estado diminua os números apresentados a cada semana epidemiológica. “Temos um aumento dos casos a cada semana, que nos acende um alerta”, destaca. A maior parte dos criadouros detectados pela supervisão nas cidades piauienses está em ambientes domiciliares, o que reforça a necessidade de cuidados mais intensos por parte da população”, recomendou.

Com as altas temperaturas e períodos chuvosos, a expectativa do número de criadouros aumenta. Para se fazer o controle efetivo da proliferação do mosquito, a Sesapi alerta: é necessário tirar pelo menos 10 minutos de apenas um dia da semana para verificar o telhado, calhas entupidas, piscina, garrafas, pneus e demais itens que possam ser criadouros de mosquito. Mesmo em lugares que necessitem fazer o armazenamento de água, é importante não deixar os reservatórios destampados, evitando assim que o mosquito coloque ovos dentro desses recipientes.

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