A maioria dos grandes pintores se descobrem artistas ainda na infância. Com o menino João Elyo, de 11 anos, não foi diferente. Ainda aos três anos, as paredes, pisos da casa e qualquer superfície sem cor, ganhava novas expressões com suas tintas na casa em que vive com sua família, em Esperantina (146 km de Teresina), norte do Piauí. As habilidades não passaram despercebidas pela sua mãe, a professora Elenilza Araújo, que logo investiu em materiais para que a criança pudesse criar e aprender.
Os quadros produzidos, foram postados no seu perfil no Instagram e ganharam visibilidade e seguidores. Por conta do sucesso na página, uma assessoria artística do Rio de Janeiro contactou a família e o menino foi convidado para expor seus quadros no Museu do Louvre, um dos maiores museus de arte do mundo, localizado em Paris, na França.
A mãe da criança reconhece o filho como autodidata, tendo em vista que nunca frequentou aula para aprimorar o talento. Ela conta que João sempre foi fascinado por cores, principalmente o azul e o amarelo, por refletirem as coisas que ele mais gosta de observar: chuva e sol. Elenilza conta que uma vez ele entregou um dos seus primeiros desenhos composto apenas de amarelo e roxo, depois, o menino explicou que era o sol e uma montanha. “É muito emocionante ver a relação que ele tem com a natureza”, conta. “Tudo que ele observa lá fora, imagina como arte”, explica.
Elenilza ressalta a importância da família para identificar o processo criativo das crianças. João despertou muito cedo o talento e a mãe acredita que por ter sido incentivado, aprimorou mais ainda suas telas. O apego da criança com os elementos da natureza foram inspirações, mas que se não houvesse o olhar e acolhimento da família, as habilidades poderiam não ter ido adiante.
Apesar da pouca idade, João já realizou exposições em Salvador, na Bahia, e atualmente possui nove obras em exposição na Galeria Montmartre, em Teresina. Segundo a mãe, não é a primeira vez que as telas saem de Esperantina para fora do país. Os quatros já foram expostos na Califórnia, nos Estados Unidos. Além do convite da exposição no Louvre, João também vai compor um livro de biografias produzido pelo museu para contar sua história. A publicação e exposição devem acontecer em 2022.
Para ir à Paris, a família realizou um levantamento que precisará de em torno de 150 mil reais. A história mobilizou também a página Razões para Acreditar – iniciativa que divulga histórias em todo o Brasil para apoiar doações. Os idealizadores do projeto entraram em contato com a mãe e organizaram uma vaquinha virtual, através do site Voaa.me
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