O Piauí está atraindo grandes empresas que chegam ao estado com o objetivo de aproveitar o potencial da região e, por consequência, gerar empregos. Os olhos de muitas empresas estão voltados para grandes e pequenos municípios.
Floriano, Altos, Parnaíba, Picos, Lagoa do Barro, Marcolândia, Ribeira do Piauí, João Costa, São João do Piauí, Paulistana e Piripiri são algumas das cidades que estão atraindo investidores. De norte a sul do Piauí, novas empresas chegam e fomentam a economia local.
Em Parnaíba, a segunda maior cidade piauiense, a instalação de seis novas empresas que chegaram em 2020 vem fomentando a importância do Distrito Industrial local já existente. A expectativa é de que os investimentos na construção das fábricas e dos novos empreendimentos, somados aos já existentes, aumentem a participação do polo industrial para 3% do PIB da cidade.
A chegada de uma empresa estrangeira referência mundial na área de fabricação de equipamentos de esportes de ação é aguardada com ansiedade na região. Depois de instalada, a empresa produzirá pipas de kitesurf e produtos afins, como paragliders e pranchas de surf, esportes que são comuns no litoral.
“A empresa exportará exclusivamente para a América Latina e para os Estados Unidos. Essa indústria representa 48% do mercado mundial de kit surfe, fabricando as melhores marcas do mundo no ramo”, explica o secretário de Projetos Especiais e Desenvolvimento Econômico de Parnaíba, Edrivandro Barros.
Ainda na região Norte do Piauí, na cidade de Altos, destaca-se a instalação da indústria de produção de grãos de trigo que possui 95% da mão de obra vinda dos próprios moradores da região. A empresa veio por meio de empreendedores argentinos e vai instalar a primeira indústria de melhoramento de grãos de trigo no Piauí.
Com capacidade e produzir cerca de 32 toneladas por dia, a principal produção é a farinha de trigo e o próprio farelo do grão. Em pouco tempo a indústria se consolidou como uma das maiores fornecedoras de matéria prima para produção de diversos tipos de massas, principalmente quando se trata da fabricação de pães.
A área varejista também está em ascensão. Grandes grupos que já construíram lojas em Teresina, Picos e Parnaíba, por exemplo, já se preparam para entrar em outras cidades, como Floriano e Piripiri.
Investimentos em energias renováveis são destaques
O Sul do estado, que continua se destacando pelo potencial para o agronegócio com a produção de grãos e outros alimentos, passou a ser também uma região que está recebendo grandes grupos empresariais de produção de energias renováveis. Os investimentos cresceram nos últimos anos e fizeram o Piauí despontar como uma nova fronteira, figurando atualmente na 3º posição entre os estados geradores de energias renováveis no país.
O pesquisador José Mauro de Moraes afirma que isso se deve ao fato do Piauí ser ensolarado e o custo das terras atrair a atenção dos investidores. “É um tipo de fonte que tende a crescer no estado”, acrescenta.
Os municípios de Lagoa do Barro e São Gonçalo do Gurguéia, ambos no Sul do estado, serão cenário para instalação de um dos maiores parques solares da América do Sul. Anualmente, as usinas vão evitar a emissão de mais de dois milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. A companhia estrangeira responsável pelo empreendimento domina a maioria das usinas de energia solar do Brasil – segundo o Governo do Estado, cerca de 70% dos projetos solares da empresa, a partir de agora, estarão concentrados no Piauí
Roberta Bonomi, responsável pela empresa, afirma que os empresários veem no Piauí o potencial para a competitividade na produção de energia renovável. “É uma das regiões mais competitivas para geração de energia renovável no país. O estado oferece as condições naturais para o desenvolvimento desse tipo de projeto e possui um ambiente de negócios positivo”, afirma.
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