sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Senadores piauienses não assinaram pela instalação da CPI da educação

Ministro da Casa Civil e ex-senador, Ciro Nogueira, afirmou que irregularidades não ocorreram

12 de abril de 2022

No mês passado, um escândalo envolvendo o ministro da Educação, Milton Ribeiro, repercutiu em todo o país. O ministro afirmou, em reunião com prefeitos, que repassava verbas para municípios indicados por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Ribeiro foi exonerado do cargo no dia 23 de março, logo após as denúncias. Ele era o quarto ministro da pasta a cair durante o governo Bolsonaro.

No áudio gravado durante a reunião, é possível ouvir a fala do ministro e a menção dos dois pastores. A gravação, obtida pelo jornal Folha de São Paulo, foi revelada em 22 de março. Os pastores citados no áudio são Gilmar Santos, presidente da Conimadb (Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil Cristo Para Todos) e Ariton Moura, também da Assembleia de Deus. 

Por conta da denúncia, um requerimento foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no Senado Federal para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O objetivo é investigar denúncias de corrupção no Ministério da Educação. Até o momento, conseguiu-se 27 assinaturas – mínimo necessário para iniciar as investigações. Nenhum senador piauiense assinou a CPI até agora. 

O último parlamentar a assinar a lista foi o senador Veneziano Vital (MDB-PB). Ele comentou no Twitter que, com a sua assinatura para a instalação da CPI do MEC, o número regimental para a instalação foi alcançado. “Sempre fui um defensor de investigações em casos como este, para que se obtenha a verdade dos fatos. Não poderia ser diferente agora”, disse o parlamentar.

Nos últimos dias, lideranças religiosas nos estados vêm pressionando os senadores a retirar ou negar apoio à criação da CPI.

O ex-senador e atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse, em entrevista à Folha de S. Paulo, que não há irregularidades no MEC (Ministério da Educação). Ele chamou o episódio de “corrupção virtual” e falou que o caso não atrapalha o discurso anticorrupção do governo de Jair Bolsonaro (PL). 

“Não houve corrupção. É uma corrupção virtual. Existem as narrativas, mas o que foi desviado lá? Não foi pago nada. Não foi empenhado nada”, disse ao jornal.

A Comissão de Educação do Senado vai votar na manhã desta terça-feira (12) um requerimento para o comparecimento de mais oito pessoas para prestar esclarecimentos sobre suspeitas de corrupção no Ministério da Educação.

Os senadores pretendem continuar ouvindo pessoas envolvidas em um suposto esquema de beneficiamento indevido na destinação de verbas públicas do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Categorias: Últimas

0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *