Morreu na tarde desta terça-feira, 26, Maria Sueli Rodrigues, professora da Universidade Federal do Piauí e do Instituto Esperança Garcia, escritora e intelectual piauiense, nascida em Francinópolis – diretamente do Saco da Ema, como costumava dizer. O velório será no Memorial Esperança Garcia, localizado na Av. Miguel Rosa, Centro-Sul.
Sueli – ou professora Sueli, como ficou conhecida na campanha para governo do estado em 2018 – descobriu a doença do neurônio motor central na forma bulbar, que começou se manifestando pela fala. Apesar de ainda não haver tratamento, Sueli estava envolvida em duas pesquisas pioneiras sobre a doença, na USP e nos EUA. Nos últimos dias, no entanto, o quadro se agravou e ela estava internada no Hospital São Marcos para acompanhamento médico.
Sueli lançou-se na primeira candidatura coletiva de mulheres negras para ocupar a Câmara Municipal de Vereadores em Teresina, pelo PSOL, nas últimas eleições municipais. “Tudo o que a gente faz é político”, dizia na ocasião. Também lançou o livro “Vivências constituintes – sujeitos desconstitucionalizados”, reunindo artigos, crônicas e textos propositivos, em novembro do ano passado.
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Há sete meses, ela, que era doutora em Direito, Estado e Constituição pela UnB, abriu as portas da sua casa para receber nossa reportagem – a primeira presencial, em dois anos de pandemia. Conversamos sobre seu diagnóstico, a vida na universidade, seu trabalho e pesquisa, a política e a cultura eurocêntrica. Sueli evitava prognósticos – estava ocupada em ensinar e convocar a desobedecer.
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