O mundo passou por diversos impactos financeiros após a pandemia da Covid-19. Por conta disso, as cidades sofreram grandes problemas econômicos. Agora, há quase dois anos de pandemia, o desafio é buscar estabilidade social e financeira nos municípios brasileiros a curto prazo, como também trazer melhorias de vida para o futuro.
Pensando nisso, no 3º encontro da série de seminários online organizado pelo cientista político e ex-gestor público, Washington Bonfim, Futuro das Cidades, foi debatido o panorama do mundo econômico e as tecnologias possíveis para as cidades no contexto pós-pandemia.
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A abertura do seminário contou com depoimento da promotora pública Irene Cardoso. Ela destacou a atuação do ex-prefeito Firmino Filho durante a crise da Covid-19. Irene pontuou as ações de restrições durante o período de calamidade pública. Segundo ela, as ações tomadas pelo ex-gestor foram essenciais para conter o avanço do vírus e que a capital agora enfrenta difíceis caminhos para se reerguer.
Na sequência, o professor de economia Juliano Vargas pontuou as revoluções tecnológicas e a situação de desemprego vivida nas cidades brasileiras. Segundo ele, em um futuro breve, o mercado de trabalho vai absorver profissionais com capacitações menos técnicas, porém mais interdisciplinares.
Para tanto, ele cita que os cursos técnicos do futuro devem ser cada vez mais curtos e dinâmicos, trabalhando com pequenas habilidades – na expectativa de que elas evoluam e sofram mudanças em pequenos espaços de tempo. “Não devemos nos preparar para uma profissão, mas sim para o mundo do trabalho”, pontua Juliano.
Na sequência, o doutorando em administração Erick Amorim abriu a fala para destacar o financiamento de infraestruturas sustentáveis nas cidades. Ele frisou que é necessário, por parte do poder público, a adoção de financiamentos de infraestruturas sustentáveis – a exemplo, as PPPs (Parcerias Público-Privadas, Concessões), climate bonds e inovação em obras públicas e regulação.
Por fim, Carlos Daniel Neto, advogado e professor, destacou a necessidade de pensar nas políticas de aplicação de tributos pelos governos de forma sustentável nas cidades. Isso porque, a sustentabilidade financeira do futuro depende das medidas feitas no presente. “A política tributária não pode ser vista como arrecadação, mas uma política pública de sustentabilidade que vai dar sustentação a todas as demais escolhas econômicas dos contribuintes”, frisou.
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A série de seminários tem parceria com o The Hub – primeiro hub de inovação e tecnologia do estado – e apoio do site oestadodopiaui.com. A próxima edição será no dia 29 de outubro e vai discutir o tema governança e inovação. As inscrições podem ser feitas clicando aqui.
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