quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Transferência de animais do Zoobotânico de Teresina é suspensa

Com liminar, juiz afirma que a mudança de espaço sem estudo prévio poderia causar danos aos bichos

19 de agosto de 2021

A transferência dos animais do zoobotânico de Teresina foi suspensa. A decisão partiu de uma liminar, publicada nesta terça-feira (17), sobre a mudança dos animais que vivem no zoobotânico para santuários distribuídos pelo país. 

O juiz Aderson Brito Nogueira, titular da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, disse ao jornal O Dia que a mudança de espaço sem um estudo prévio de adequação poderia causar danos aos bichos. “A intenção das transferências dos animais do zoobotânico é buscar o mais adequado interesse em favor dos animais, garantindo que sejam adaptados ao melhor local para sua sobrevivência”.

Em julho, com a possibilidade de mudança, pesquisadores, ativistas e estudantes começaram a articular ações defendendo a permanência dos bichos e a revitalização do local. Na época, o ato “Salvem o Zoo” foi realizado com o objetivo de passar informações sobre o posicionamento que defende a permanência dos bichos no local.

LEIA MAIS: Pesquisadores defendem a permanência do zoobotânico para conservação animal e democratização social

Para o estudante de medicina veterinário Vitor Nascimento que participou do ato, a medida irá colaborar com o bem estar dos bichos. “É extremamente importante entender que quando se lida com animais silvestres cativos, ainda mais com idades avançadas, toda decisão deve ser baseada em estudos técnicos”, conta.

Com aproximadamente 400 animais, o local abriga  espécies  transferidas de outros locais, vítimas de cativeiros, acidentes ou maus tratos. O Parque zoobotânico é localizado na zona leste de Teresina,  com uma área de 127 hectares. Ele é o maior parque urbano do Nordeste e o 3º do país.

Para o estudante de medicina veterinária, o local possui um valor social, ambiental e científico muito importante. “O zoobotânico é um espaço que promove a integração homem-natureza. Além de um espaço democrático de lazer, a comunidade científica também perderia, já que vários estudos são feitos no local”, finaliza.

oestadodopiaui.com entrou em contato com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), mas o órgão decidiu não se pronunciar sobre o assunto.

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Categorias: Últimas

Joseph Oliveira

Graduando em jornalismo na Universidade Federal do Piauí.

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