O presidente Jair Bolsonaro deve bloquear cerca de R$3,5 bilhões de recursos destinados às universidades e aos institutos – Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI). A UFPI teve R$15,5 milhões bloqueados, enquanto no IFPI, o valor foi de R$10 milhões. Os alunos do Ensino Médio e do Ensino Superior se reuniram na tarde da última quarta-feira (01) para debater sobre a situação das instituições após o anúncio dos cortes.
Durante o encontro, discentes discutiram os cortes às instituições e o desmonte na educação que vem acontecendo nos últimos meses. “Estamos preparando uma convocação para a manifestação, em caráter nacional, no dia 9 de junho, por mais um ‘Fora Bolsonaro’ em defesa da educação”, explicou o estudante Antonio Vitor Ferreira, de 21 anos, vice-presidente regional da União Nacional dos Estudantes (UNE).
As reitorias das instituições apontam que contratos de água, energia, limpeza e vigilância ficarão comprometidos. Em nota, o IFPI apelou para que a bancada federal do Piauí encontre alternativas para a continuidade das atividades da instituição. A reitoria da instituição calcula que só é possível seguir com as atividades até o mês de setembro.
De acordo com o Governo Federal, o bloqueio do orçamento foi adotado para que seja cumprido a regra do teto de gastos estabelecida pela legislação. Além disso, o Ministério da Saúde pode perder R$2,5 bilhões e o Ministério da Ciência e Tecnologia um montante de R$2,9 bilhões.
Em nota, o reitor do IFPI, Paulo Borges, aponta sucateamento por parte do Governo Federal. “Estamos fazendo as contas para minimizar. Isso afeta o ensino, a pesquisa, compromete sobremaneira o serviço de restaurante – a gente oferta algo em torno de um milhão de refeições por ano – tem o transporte de alunos, um prejuízo muito grande. Não temos mais capacidade de investimento”, lamentou.
O Governo Federal justificou o bloqueio do orçamento como uma medida para que seja cumprida a regra do teto de gastos estabelecida pela legislação. Além disso, o Ministério da Saúde pode perder R$ 2,5 bilhões e o Ministério da Ciência e Tecnologia um montante de R$ 2,9 bilhões.
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