A partir desta segunda-feira (08), o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) inicia a distribuição das urnas eletrônicas no Piauí. Ao todo são 10.155 urnas disponíveis. Desse índice, 8.950 são urnas eletrônicas de votação e as outras 1.205 urnas são de contingência – usadas em casos de necessidade.
No estado, há 3.379 locais de votação, sendo que 307 estão localizados na capital e os outros 3.072 nos demais municípios. Nesta primeira etapa, serão encaminhadas um total de 677 urnas eletrônicas para os municípios de Paulistana, Jaicós, Padre Marcos, Simões, Fronteiras e Pio IX e mais 904 urnas para Valença, Inhuma, Picos e Itainópolis.
O Piauí apresenta um total de 10.649 de seções eleitorais, sendo 8.950 efetivas e 1.699 de seções agregadas – ou seja, há seções que, de tão pequenas, são incorporadas a uma seção maior, denominada seção principal. Todas as urnas utilizadas no Piauí pertencem ao modelo mais recente, o de 2020.
Ataques a urnas
Declarações inflamadas do presidente Bolsonaro têm incendiado ataques à credibilidade do processo eleitoral. Não à toa, um levantamento feito pelo PoderData afirmou que 65% dos eleitores do presidente não acreditam nas urnas eletrônicas.
Por outro lado, a família Bolsonaro tem cerca de 95% de aproveitamento nas eleições com urna eletrônica. Ao todo, Bolsonaro e os filhos concorreram a 20 eleições. A única vez em que a família perdeu foi em 2016, quando Flávio Bolsonaro concorreu à prefeitura do Rio de Janeiro. Atualmente, todos exercem cargos públicos: Flávio é senador pelo Rio de Janeiro onde Carlos Bolsonaro cumpre o 5º mandato como vereador. Eduardo Bolsonaro é deputado federal – todos pelo Partido Liberal (PL).
No dia 18 de julho, durante um encontro com os embaixadores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fomentou diversos ataques e alegações sem provas contra as urnas eletrônicas. A partir dessa fala, Bolsonaro iniciou uma série de indagações entre a população e a imprensa quando questionado sobre o sistema eleitoral brasileiro.
De acordo com o levantamento do PoderData, realizado entre os dias 22 a 24 de maio de 2022, houve um aumento da desconfiança sobre a contagem de votos no Brasil – de 27%, em janeiro deste ano, o índice passou para 36% nesta última pesquisa. O levantamento afirma que 65% dos eleitores de Bolsonaro não acreditam nas urnas eletrônicas.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) explica que a urna eletrônica não é vulnerável a invasões externas, como ataques de hackers. O equipamento conta com um sistema isolado e, dessa forma, não utiliza qualquer mecanismo que permita sua conexão com redes de computadores, wi-fi e bluetooth. A Justiça Eleitoral também pontua que, em todas as eleições, as urnas são atualizadas com novos equipamentos de segurança da comunicação para garantir a lisura dos pleitos.
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