sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Washington Bonfim se apresenta como possível candidato a governo do Piauí

O ex-gestor quer discutir sobre juventude, tecnologia, mudanças climáticas e desigualdades sociais

08 de outubro de 2021

As eleições para governo em 2022 tem cada dia mais se tornado pauta no Piauí. Os possíveis candidatos já vêm colocando seus nomes no cenário político piauiense. A novidade é o cientista social, Washington Bonfim, um nome técnico na visão de muitos piauienses e que sempre esteve nos bastidores da política. Além de ex-secretário de planejamento (2013-2017), foi secretário de Educação de Teresina (2005 e 2010) e, em 2020, foi membro do comitê de combate a Covid-19, montado pela Prefeitura de Teresina na gestão do ex-prefeito Firmino Filho.

De acordo com o ex-gestor, a decisão veio após muitas conversas e com base na necessidade de criar uma alternativa política no estado. Pautas políticas ligadas à juventude, ao ensino profissional, meio ambiente e oportunidades geradas pela mudança da matriz energética devem estar na mira de uma campanha. “Precisamos ter uma política forte de erradicação da pobreza”, comentou por telefone. “Nós até avançamos mas não podemos mais conviver, no século XXI, com a realidade que hoje vivenciamos”, afirma. 

A polarização vem desenhando o cenário político nacional nos últimos anos, respingando também no âmbito  estadual. Washington Bonfim crê na possibilidade de desenhar uma terceira via e acredita na possibilidade do presidente Jair Bolsonaro não conseguir chegar ao segundo turno das eleições – sobretudo se a economia não reagir e a inflação continuar a crescer. “Precisamos ter uma agenda positiva, ninguém constrói nada negando o oposto, temos de afirmar princípios, valores e políticas”, propõe Bonfim. 

O professor vem construindo uma série de seminários – uma atividade realizada através da UFPI – que tem debatido temas como mudanças tecnológicas, riscos climáticos e desigualdades. Em sua avaliação, o Piauí tem uma enorme oportunidade com energias limpas (sol e vento). Quanto à tecnologia, ele entende que os ensinos médio e profissionalizante precisam ter como pressuposto o novo mercado de trabalho que vem sendo criado, eliminando profissões muito operacionais (caixa, cobradores, atendentes, até mesmo operários da construção civil). “Se não atentarmos para isso, em duas décadas não teremos como empregar nossa população”, observa. “Essa tarefa precisa ser iniciada agora e não há ninguém falando sobre esses desafios”.

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