sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Meu bloco na rua

Mais de 2 mil jovens são beneficiados pelo projeto e alguns já foram direcionados ao mercado de trabalho

18 de agosto de 2021

“Eu quero é botar meu bloco na rua”, dizia o cantor e compositor capixaba, Sérgio Sampaio, censurado pelo suposto sentido de incitação aos jovens contra as forças armadas em 1972. Historicamente, a juventude sempre foi considerada um importante agente social, disposta a se movimentar em busca de mudanças.  Apesar de todo o processo de dificuldade enfrentado na pandemia, isso não deixa de ser diferente. 

A falta de perspectiva é um gatilho negativo para os jovens que não conseguem se inserir no mercado de trabalho. Diante desta problemática, alguns jovens resolveram ir em busca de ações para mudar essa realidade. Com quatro anos de existência, a Associação da Juventude, em Teresina, localizada no CSU do Parque Piauí, zona Sul da capital, muda essa realidade qualificando jovens da região e realizando parcerias, com empresas, a fim de promover a empregabilidade da juventude.

Jardel Ramos, diretor da Associação, conta que é gratificante olhar o que o projeto tem se tornando. “Hoje temos um olhar cuidadoso não só com a juventude, mas também com os familiares desses jovens. Isso tudo surgiu através de conversas entre amigos que tinham anseios e sonhos de mudanças”. 

O projeto atualmente conta com 41 colaboradores, incluindo administrativos e professores. 2.468 estudantes realizam cursos na associação e 308 são jovens aprendizes e estagiários. A associação também conseguiu inserir 110 pessoas no mercado de trabalho, com carteira assinada, incluindo os jovens e seus familiares.

Juventude e oportunidades

A capacitação para o ingresso no mercado formal foi muito procurada durante a pandemia, pois a falta de oportunidade de emprego gerou uma concorrência ainda maior. “O problema é que o mercado solicita pessoas experientes e acaba não gerando oportunidades para a juventude”, diz Jardel Ramos. “O que o jovem precisa é somente de uma oportunidade para mostrar o que sabe”, revela.

Laiane Alves, 32 anos, ex-aluna dos cursos profissionalizantes ofertados pelo projeto, revela que a associação foi muito importante para o início de sua carreira profissional. “Foi um divisor de águas, eu estava precisando buscar experiência e a associação me deu a oportunidade de realizar o curso de informática e depois de atendente de farmácia”, conta.

Após a finalização dos cursos, a Associação da Juventude, através de parcerias criadas com empresas privadas, conseguiu oportunizar um estágio à jovem, que hoje trabalha com carteira assinada na empresa onde realizou seu primeiro estágio.

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Categorias: Reportagem

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