domingo, 24 de novembro de 2024

O criador

Não é mais futuro: pesquisas no Google por NFTs cresceram mais de 300% em dois anos

23 de fevereiro de 2022

Edição Luana Sena

João Pedro Gomes, de 13 anos, foi o único brasileiro convidado a participar de um evento global, chamado ETHDENVER 2022, sobre metaverso, em Denver, capital do Colorado, nos Estados Unidos (EUA). O piauiense construiu, sozinho, o seu primeiro NFT (ou, token não fungível), uma espécie de certificado digital que define originalidade e exclusividade a bens digitais estabelecidos via tecnologia de blockchain (blocos fechados). Os códigos numéricos funcionam como registros de propriedades de bens únicos, que podem ir de obras de artes a itens colecionáveis – como álbuns de figurinhas. 

Em entrevista ao podcast do Instituto Dom Barreto, onde João estuda, ele contou que seu interesse em programação começou quando ele tinha apenas 9 anos de idade. Inicialmente, João pesquisava sobre a produção e aplicação em jogos e, recentemente, tem se interessado pelo mundo da cripto. “Comecei a achar interessante a ideia de um token que pode ser único, que dentro de um sistema de blocos fechados, não há como ter dois”, explica  o piauiense. “O que determina o NFT, além da utilidade, é o criador”, destaca.

O menino viajou mais de oito mil quilômetros para apresentar outros projetos de NFT. Sua intenção era conhecer desenvolvedores, como ele, aprender e criar mais projetos básicos dentro da nova tecnologia. Isso porque, o jovem programador de jogos, percebeu que a expectativa é que o NFT se torne a forma prioritária de negociar no metaverso – um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. “Daqui alguns anos, ter um óculos de realidade virtual será como ter um celular”, aposta. “Estaremos conversando com amigos enquanto experimentamos andar sobre a superfície do planeta Vênus”, imagina João. 

Mas o que é  um NFT e como ele nos aproxima do futuro?

 

Os NFT são tokens não fungíveis que podem ser representados por uma imagem, ativo digital, música, casa, carro, entre outros. Os NFT resolvem o problema de intercambialidade. Esses “certificados digitais” foram criados para identificar o ativo de maneira única – possuindo características que são importantes para os tokens, como exclusividade e raridade.

João, em fala ao podcast, utiliza o exemplo da obra Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Mesmo que haja outras pinturas, por mais idênticas que fossem, a original sempre será a feita pelo seu criador. Neste caso, em artigos digitais, a NFT garante a “assinatura” original. 

Para a economia digital, a novidade é muito conveniente. Para a indústria de jogos seria como comprar uma skin única – roupas ou peças de personagens em jogos eletrônicos – onde ninguém, além de um único jogador ou pelo menos apenas um grupo de pessoas, poderia possuir. No entanto, o item colecionável pode ser modificado pelo jogo fazendo o preço desse NFT subir ou cair. Dessa forma, se abrem possibilidades de criar economias entre jogos. Casino Mostbet

Assim como um item pertencente a uma coleção famosa, um token recebe o valor que alguém está disposto a pagar. Ou seja, o preço não é inerente ao objeto em si, mas atribuído a quem considera valioso. Nos últimos anos, os NFTs têm ganhado popularidade e exposição atuando como prova de propriedades e autenticidade dos itens, sejam eles físicos ou digitais. 

O assunto, que parece algo do futuro, tem se tornado um tema cada vez mais presente. É tanto que, nos últimos dois anos, as pesquisas no Google por NFTs cresceram mais de 300% do que comparado a outras consultas financeiras. 


E como entram no metaverso?

Por ser um registro tanto do mundo real quanto virtual, no metaverso o NFT é responsável por registrar ativos digitais únicos. Entre suas funcionalidades, no metaverso o NFT pode representar personagens do jogo – terrenos, poderes, móveis e tudo o que for exclusivo. Dessa forma, permite que os usuários e empresas criem e negociem livremente itens nos mercados. Ou seja, o NFT garante ao metaverso uma nova dimensão, ligando o mundo real com o virtual. 

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Categorias: Reportagem

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