Amarante 150 anos: onde a tradição, a fé e a poesia se encontram

Amarante é uma cidade piauiense localizada a 160 quilômetros de Teresina, na região centro-sul do Piauí. Nascida às margens do rio Parnaíba, o município, que é terra natal de importantes políticos e literatos – entre eles o poeta Antonio Francisco Da Costa e Silva – tem muita poesia e histórias para contar. 

Emancipada em 4 de agosto de 1871, Amarante é daqueles lugares que respiram história e cultura, o que é perceptível para quem anda pelas ruas da cidade, avistando casarões antigos e conhecendo a tradição portuguesa, que também está presente nas danças folclóricas da região. É lá também que está a primeira comunidade quilombo reconhecida no estado, o Mimbó. 

Um dos principais cartões-postais de Amarante é o centro histórico, formado por 72 casarões conservados, que já foi cenário para produções de época e do filme piauiense “Ai, que Vida”. Os imóveis, com estilo da arquitetura portuguesa, estão ligados uns aos outros e geralmente possuem janelas apenas na frente e jardim interno.

Quem chega ao centro da cidade se depara com o  mirante Da Costa E Silva, cujo acesso é uma grande escadaria. Lá de cima é possível ver toda a cidade, o rio Parnaíba – que o poeta chamou de velho monge – e a cidade vizinha, São Francisco do Maranhão. O mirante recebeu este nome pois na cidade comenta-se que o poeta ficava horas ali a escrever. As homenagens a ele também estão presentes em outros imóveis da cidade e nos concursos literários que são realizados nas escolas.

Sobre o Mimbó

Mimbó foi a primeira comunidade tradicional reconhecida no Piauí. Nasceu no século XIX, quando dois casais, escapando de uma fazenda de plantação de cana em Pernambuco, onde eram escravizados, chegaram por ali. Eles acabaram vivendo escondidos em uma caverna no vale do rio Canindé, por muito tempo sem contato com a população de Amarante.