sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Piauí saiu do mapa da pobreza, aponta IBGE – mas estado foi um dos que mais empobreceu no Nordeste

Estado não tem mais nenhum município entre os 50 com menor PIB do Brasil, mas o Piauí viu a pobreza aumentar durante a pandemia

01 de junho de 2022

Edição Luana Sena

Um estudo comparativo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizado com base nos dados de levantamento do IBGE apontou algo que não ocorre há três anos: o Piauí deixou o mapa da pobreza. Em 2014, o estado apresentava três municípios na lista – Cabeceiras do Piauí (PIB 4.648,32), Campo Largo do Piauí (4.659,56) e Massapê do Piauí (4.671,00). Já o levantamento mais recente, feito em 2019, aponta que o Piauí não tem mais nenhum município nessa situação. 

Os estados com maior número de cidades com baixo PIB são: Maranhão, com 40 municípios, e a Bahia, com três.

Porém, as consequência do coronavírus na economia refletem na última pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre): a pobreza piorou com a pandemia em todo o país. No Nordeste, o Piauí foi o estado que mais teve alta da pobreza – passando de 41,1% para 56,4%. A pesquisa considerou os índices de pobreza do Banco Mundial, que considera famílias cuja renda é de até R$400 ao mês.

Mais de 43% dos piauienses – quase metade da população – vive em situação de pobreza no estado – como apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Os dados se referem a 2019, quando mais de 1,4 milhão de pessoas viviam com R$ 436 mensais no estado. 

É no Brasil dos desiguais, na periferia de Marcolândia, Sul do Piauí, que o casal Divina Santos e Paulo Marcel sobrevive, junto aos três filhos, com apenas R$ 635 que recebem do Auxílio Brasil. O benefício não é suficiente para dar conta de todas as despesas. A casa onde mora a família foi dada por um parente de Paulo, mas alimentação, conta de água, luz e gás ficam por conta do casal. As contas têm ultrapassado R$700. Na prática, é como se cada integrante da casa tivesse R$127 mensais.

Sem emprego há dois anos, Paulo está quase desistindo de procurar serviços por meio de currículos. Ele vende balinhas nos sinais, bares e restaurantes da cidade para garantir as refeições da família. O supermercado tem se tornado um lugar pouco frequentado pela família. “Quase não conseguimos comprar muita coisa lá”, pontua o desempregado. “Uma carne custa mais de R$20, então a gente desiste, vamos para o ovo ou a sardinha”, conta. 

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1 comentário

Ellen Brito · 5 de agosto de 2022 às 12:19

Se decide, ele saiu do mapa da pobreza ou empobreceu? Mas que manchete mais esdruxula, hein?

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