No início da tarde desta quarta-feira (18), o ex-presidente Lula, em passagem pelo Piauí, recebeu jornalistas para uma coletiva de imprensa no hotel Blue Tree Tower. A viagem faz parte de uma agenda do petista no Nordeste, para debates com lideranças políticas e sociais nos estados.
No Piauí, os compromissos começaram na terça-feira, 17, quando Lula, vindo de Pernambuco, desembarcou no aeroporto de Teresina. No mesmo dia, à noite, o ex-presidente falou em uma live organizada pelo partido e transmitida para os municípios.
Em Teresina, ele cumpriu agenda inaugurando reforma e ampliação no Centro Educacional em Tempo Integral do bairro Pedra Mole e recebeu homenagens e agradecimentos de ex-estudantes da cidade de Guaribas. Em 2003, o município, com um dos piores índices de desenvolvimento humano do país e foi escolhida para ser piloto da implantação do programa Fome Zero.
Na coletiva, Lula ressaltou que a viagem não é, ainda, como candidato – mas como político que quer entender os problemas atuais do país e despertar na sociedade a indignação. “Esse país foi, de repente, tomado por um ódio sem precedentes”, afirmou.
Avaliando possíveis cenários para 2022, Lula disse que a polarização é natural e esperada. “De um lado, uma candidatura que vai representar a democracia e, do outro, uma que pode representar o fascismo”, afirmou. “É assim que está o país neste instante”.
O ex-presidente também afirmou não ter certeza de quanto tempo vai durar o “casamento” entre o atual presidente Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, o piauiense Ciro Nogueira. “Ciro representa para Bolsonaro o que Jorge Bornhausen foi para Collor, chamado para salvar o impeachment, mas não deu certo”, comparou. “Ele está escapando do impeachment, mas não escapará do julgamento do povo brasileiro em 2022”.
Os jovens e a matemática
Ao lado da comitiva com deputados e presidentes do PT, além do governador Wellington Dias e a vice Regina Sousa, Lula comparou dados de crescimento do Piauí durante seus anos de gestão.
“Nos anos 80, falar do Piauí era falar de fome e desnutrição”, comentou, relembrando dados sobre os investimentos federais na expansão da educação básica, técnica e superior para quase todos os municípios.
LEIA MAIS: Engajamento de jovens na política está ligado ao desejo de transformação
O ex-presidente destacou a participação de estudantes piauienses em olimpíadas nacionais e internacionais de matemática, que teve aumento relevante com a inclusão, em seu governo, das escolas públicas entre os inscritos.
“De teimosia, resolvemos implantar a OBM em escolas públicas e, só no primeiro ano, se inscreveram 10 milhões de estudantes”, afirmou. “O Brasil passou a ser o país com maior olimpíadas estudantil do mundo”.
0 comentário