Se você, caro leitor, chegou por aqui agora, precisa saber algumas coisas: somos um veículo de comunicação relativamente novo. Estreamos em junho deste ano, em meio as consequências e impactos de uma epidemia mundial. Desde então, temos seguido tentando não perder de vista alguns parâmetros que nos trouxeram até aqui: a produção de um conteúdo jornalístico pautado pela ética e o compromisso da boa apuração.
De lá para cá, fizemos um monte de coisas – buscamos respostas, provocamos perguntas, ouvimos pessoas e histórias sempre antes ou depois, bem depois, dos fatos. Sem a pretensão de chegar perto do que se convencionou chamar de “tempo real”. Aqui o tempo corre diferente – tem pausa para ler uma crônica, ver o que a gente está lendo, discutir uma opinião.
Aos seis meses, como já prevíamos, chegamos a uma crise de identidade. O que somos, ainda não sabemos – mas sabemos exatamente o que não queremos ser. Nesse tsunami de informações e conteúdos gerados a todo momento por sites, portais, redes sociais, acreditamos que o olhar do outro é imprescindível para a construção do ser. Portanto, é você leitor, quem vai nos ajudar nessa definição.
Para te ajudar, elencamos os 5 conteúdos mais acessados neste 2021- entre matérias, reportagens especiais e entrevistas. É uma oportunidade de – se você for novo aqui – conhecer o que fazemos. Se já for de casa, pode reviver com a gente o que escrevemos.
Do cerrado, ao Japão, aqui vai a seleção:
(até 2022!)
A ordem é desobedecer
Sueli Rodrigues: mulher, negra, doutora em Direito pela UnB, pela primeira vez fala à imprensa sobre a doença do neurônio motor central na forma bulbar, com a qual foi diagnosticada em agosto deste ano. Foi nossa primeira entrevista presencial, após quase dois anos de pandemia. Entre outras coisas, Sueli fala do livro “Vivências constituintes – sujeitos desconstitucionalizados”, lançado em novembro, reunindo artigos, conto e até parte da sua tese de doutorado.
Gabriela e Hiro se conheceram em janeiro do ano passado no Japão, e essa é uma história de amor à primeira vista. Não do Hiro pela Gabriela – mas sim do Hiro por uma comida brasileira comum e presente nas refeições nordestinas: a farofa. O casal passou a cultivar mandioca do outro lado do mundo dando start no Projeto Farofa: “Finalmente vamos fabricar nosso próprio alimento e deixá-lo com um gostinho mais japonês”.
Conflito de divisão de terras entre Piauí e Ceará pode encerrar no início de 2022
14 décadas depois de um decreto imperial, o exército brasileiro iniciou a perícia da região de litígio de terras entre Piauí e Ceará. Em sessão plenária no dia 3 de novembro, o deputado estadual e presidente da Comissão de Estudos Territoriais da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva, afirmou que a previsão para a entrega é até o final do primeiro trimestre de 2022.
Alessandro de Lima, piauiense do interior de Oeiras, comprovou que o pequi – bem aqui, do nosso quintal – possui rico valor nutritivo no qual o mundo todo está de olho. O cientistas estudou a caracterização nutricional do pequi, identificando novos compostos e avaliando a atividade antioxidante do fruto e da amêndoa do pequi – pesquisa que lhe rendeu uma classificação no AD Scientific, colocando-o entre os 10 mil cientistas dos países membros do Brics que mais contribuíram com o desenvolvimento da ciência no mundo.
Não é mera coincidência a repetição de sobrenomes entre os políticos. A sensação de que são sempre os mesmos grupos de pessoas e famílias ocupando cargos de poder no governo e mantendo a concentração de uma elite econômica tem até nome e é comum no Piauí: oligarquia. De pai para filho, do marido a esposa, do avô ao neto: herança de apoio dificulta a renovação política no Piauí. Nesta especial, a repórter Juliana Andrade faz um raio-x de famílias que estão há bastante tempo em cargos de poder no Piauí. Relembre!
0 comentário