quarta-feira, 15 de maio de 2024

Superexposição nas redes sociais pode ser perigosa

Uso indevido cria espaço para transtornos e ataques cibernéticos

30 de agosto de 2021

O Brasil tem 152 milhões usuários de internet, segundo dados do Centro Regional de Estudos Para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC).  Sem o cuidado devido, a chuva de likes nas redes sociais pode ser perigosa. Além de problemas psicológicos, o uso indevido deixa brechas para  ataques cibernéticos. 

O uso das redes saiu da praticidade, troca de conversas e divulgação do cotidiano, para um compromisso diário de exposição. O psicólogo gerente do Hospital de Urgências de Teresina (HUT) e especialista em saúde mental, Eduardo Moita, diz que os usuários de meios tecnológicos que proporcionam facilidade na interação foram perdendo bom senso em seu uso. “Quando se passa a maior parte do dia usando rede social, deixando de viver presencialmente, isso se torna um problema e precisa ser repensado”, diz.

Para ele, boa parte da exposição excessiva na internet é devido a busca por atenção e reconhecimento. “Por envolver uma emoção, isso compromete a parte cognitiva e racional, podendo gerar problemas”.

Com uma dinâmica própria, as redes sociais demandam presença constante, onde a base é a exposição. “Não se pode viver em virtude e função da tecnologia e processos eletrônicos”, destaca o psicólogo. 

O comportamento em rede social é que geralmente dá abertura para casos de golpe através da internet. A falta de atenção é um deles. Desde 28 de julho de 2021, crimes na internet como invasão de dispositivo ou estelionato, deverão ser punidos com reclusão de um a quatros anos, e multa, em casos de prejuízos. 

O especialista em crimes virtuais, Marcos Sávio Farias, diz que existem  três tipos de usuários de rede social: o que é curioso e observador, que usa as plataformas para olhar notícias e acompanhar perfis na internet, com o cuidado para não se expor. 

O segundo perfil está relacionado às pessoas que buscam entretenimento, como fazer amigos e que usa a ferramenta para paquera. Esse é um usuário que se expõe mais, devido ao compartilhamento de suas fotos e locais que frequenta. O terceiro grupo corresponde ao uso profissional das plataformas, com uso para ganho de dinheiro ou divulgação de trabalho, como influencers e empresários. 

Estes dois últimos grupos estão mais expostos a ataques. “Quando você se expõe, precisa tomar o cuidado de usar os recursos de segurança. A falta de cuidado pode dar abertura para ataques”, pontua.

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Categorias: Últimas

Joseph Oliveira

Graduando em jornalismo na Universidade Federal do Piauí.

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