Na manhã desta sexta-feira, 29, um café da manhã no The Hub reuniu pessoas para um chamado em defesa da democracia. O evento, organizado pelo #MaisDemocracia, marca também a parceria do movimento com oestadodopiaui.com.
O grupo, formado por professores do ensino básico e superior, das universidades e instituto federal, além de profissionais liberais, cientistas políticos, sociólogos, jornalistas e demais representantes da sociedade civil começou a se encontrar ha cerca de três meses, na tentativa de dialogar sobre as iminentes ameaças às instituições e a democracia no país. “Queremos criar um espaço democrático de opinião”, disse Washington Bonfim, um dos idealizadores. “A ideia não é ser partidário, mas ser político, o que tem uma diferença significante”.
Ao lado de Messias Junior, os dois reuniram colegas professores, intelectuais e mais pessoas em defesa das conquistas de direitos pós redemocratização do país. “Precisamos criar massa crítica capaz de conscientizar sobre a gravidade do que está acontecendo”, disse na ocasião, em referência ao projeto autoritário que ganhou força nos últimos anos. Messias Junior relembrou a importância da Constituição de 1988 – que ficou conhecida como “Constituição Cidadã”, por ter sido concebida no processo de redemocratização iniciado após a ditadura militar, que durou mais de duas décadas no Brasil.
O lançamento contou com a presença de políticos, jornalistas, professores e empresários. Após a apresentação da coluna #MaisDemocracia, a carta-manifesto foi lida pela cientista política e professora Olívia Perez.
Movimento nacional
O #MaisDemocracia no Piauí surge em um momento de grande mobilização nacional sobre o tema. No último dia 26, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) também lançou a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado de Democrático de Direito!”. Em três dias, o documento reuniu mais de 400 mil assinaturas, incluindo personalidades como Chico Buarque, Roberto Setúbal, Nélida Piñon, Fernanda Montenegro além de 12 ex-ministros do STF.
A mobilização ganha força após seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro. Até a manhã de ontem (28), o site onde a carta está hospedada já sofreu 2.340 tentativas de ataques hackers, segundo informações de um dos organizadores da iniciativa, o procurador-geral do Ministério Público de Contas de São Paulo, Thiago Pinheiro Lima.
O piauiense Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, usou suas redes sociais para defender o governo Bolsonaro e acusar os signatários do mercado financeiro de terem outros interesses com a assinatura do documento.
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