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O ano que passou

Retrospectiva oestadodopiaui.com traz os acontecimentos que marcaram em cinco reportagens

28 de dezembro de 2022
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Edição Luana Sena

Da política à economia, das pautas sociais às culturais, o oestadodopiaui.com se manteve atento aos acontecimentos de 2022 que marcaram o Piauí, o Brasil e o mundo.

Na reta final deste ano, relembramos os fatos através das cinco reportagens mais acessadas em 2022. Foi um ano de intensa cobertura política, sobretudo nos meses que antecederam as eleições. 

1) Piauí x Ceará

O litígio de terras entre Piauí e  Ceará, que já dura 14 décadas, segue no topo do ranking de acessos. O deputado estadual e presidente da Comissão de Estudos Territoriais da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva, afirmou que o caso seria solucionado até o fim do primeiro trimestre de 2022 – o que não ocorreu. Caso o Piauí seja favorecido, 14 cidades cearenses serão integradas ao estado. O Exército Brasileiro deve fazer a perícia para decidir a questão. Porém, o pesquisador Eric Melo garante que o caso é favorável para o Piauí. O pedido do governo piauiense é que, além do reconhecimento da área, haja demarcação para evitar novos impasses.

Leia mais: Conflito de divisão de terra entre Piauí e Ceará pode encerrar no início de 2022

2) Herança política

A partir do lançamento das candidaturas dos filhos do então deputado estadual Themístocles Filho (MDB), discutimos como cargos políticos têm se tornado uma herança familiar. No dia 13 de maio, Marcos Aurélio Sampaio e Felipe Sampaio, filhos do deputado, lançaram suas pré-candidaturas aos cargos de deputado federal e estadual, respectivamente, repetindo uma prática comum nas eleições de 2022 e que, nos bastidores da política, ficou conhecida como “chapa dos filhos”. Um levantamento feito pelo oestadodopiaui.com identificou que, só no pleito de 2014, dos 30 deputados estaduais, 20 tinham algum grau de parentesco com políticos piauienses. Atualmente, esse fenômeno pode ser observado não só na Assembleia Legislativa, mas também na Câmara de Vereadores.

Leia mais:  Filhos de Themístocles e enteados de prefeita lançam pré-candidatura em Esperantina

3) Racismo na TV

Após o episódio de racismo sofrido pela jornalista Katya D’Angelles durante sabatina do candidato Silvio Mendes, ao vivo, na TV Meio Norte, os debates sobre pautas raciais, especialmente na política, tomaram fôlego nas redes sociais. Na ocasião, Silvio se referiu à Katya como “quase negra”, utilizando uma conjunção adversativa, em relação à sua cor, para chamá-la de inteligente. A jornalista aceitou falar com oestadodopiaui.com e deu um depoimento à repórter Vitória Pilar, publicado em 5 de setembro. “Sou uma mulher negra com uma história. Eu sempre fui, sou e quero continuar sendo maior do que qualquer situação que tente me reduzir”. Vale a leitura!

Leia mais: Longe de tudo que me reduz

4) Pesquisas divergentes

A divergência entre os resultados de pesquisas eleitorais foi pauta de uma reportagem sobre os critérios e logísticas dessas pesquisas, além da confiabilidade dos institutos responsáveis. Joscimar Silva, cientista político e diretor da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (ABRAPEL), destacou alguns fatores que tornam uma pesquisa crível: apresentar distribuição correta e proporcional dos entrevistados, utilizar dinâmica adequada e sem interferência nas respostas e estar registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Leia mais: Pesquisas apontam resultados divergentes sobre intenções de voto ao governo no Piauí

5) Retrato do Brasil

Em janeiro, nove meses antes das eleições, um vendedor ambulante dava o tom da polarização política no país. Inácio Pereira atravessava o Nordeste com confecções de cama, mesa e banho, carregados em sua Chevrolet D-20. Àquela altura, as toalhas estampadas com os rostos dos principais candidatos à presidência, Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), eram o carro-chefe do seu negócio. Antagônicos na política, similares nos preços: cada peça custava 35 reais. Ao oestadodopiaui.com ele contou que as toalhas com o petista lideraram as vendas. Termômetro, talvez, do que aconteceria em outubro.

Leia mais: Sem jogar a toalha

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Categorias: Reportagem

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